Resumo-Este estudo teve como objetivo identificar, compreender e problematizar os significados atribuídos pela produção de conhecimento em Educação Física (EF) em relação as discussões referentes à temática deficiência, entre o período de 1979 a 2017. Metodologicamente, consiste de uma pesquisa de caráter bibliográfico e de abordagem quanti-qualitativa, pautada na correlação da fontes bibliográficas e documentais. As teorias críticas e pós-críticas do conhecimento nortearam as análises dos dados. A investigação se estruturou em três etapas: uma de coleta de dados e duas correspondentes à categorização e análise do material levantado. Nos 13 periódicos investigados foram encontradas 237 publicações, sendo 156 enfocando o contexto não escolar (65,82%) e 81 o contexto escolar (34,17%). Para este estudo o foco de análise foram as publicações que enfocavam o contexto não escolar, que foram divididas em 05 categorias: Deficiência Auditiva (DA), Deficiência Física (DF), Deficiência Intelectual (DI), Deficiência Visual (DV) e Deficiência Geral (DG). Dentre as conclusões mais significativas, destaca-se que o maior número de publicações é referente a categoria EF e DF e, não diferente das demais categorias, evidencia-se que a produção científica nessa área ainda é focada sob a necessidade de "normalizar" o homem e a mulher. As pessoas devem ser conduzidas à conquistarem uma melhor performance física, seja ela no campo do esporte, da ginástica e/ou do exercício físico de forma geral. Pressupõe-se que as pessoas com deficiência devam aumentar o seu rendimento, realizar testes e avaliações para identificar possíveis falhas de desempenho físico e saná-las. Essa visão desconsidera o lado humano e aproxima as pessoas apenas do biológico e do potencial; a prática de um exercício físico e/ou do esporte é considerada na maioria dos artigos sob a ótica da eficiência. Palavras-chaves: deficiências; educação física; revisão bibliográfica; rendimento. Abstract-This study aimend to identify, undertand and problematize the meanings attributed by the production of knowledge in Physical Education (PE) in relation to the discussions about the issue of disability, between the period from 1979 to 2017. Methodologically, it consists of a bibliographical research and of quantitative-qualitative approach, based on the correlation of bibliographical and documentary sources. The critical and post-critical theories of knowledge guided the translations of the data. The investigation was structured in three stages: one of data collection and two corresponding to the categorization and analysis of the raised material. In the 13 periodics investigated, 237 publications were found, which 156 focused on the nonschool context (65.82%) and 81 on the school context (34.17%). For this study the focus of the analysis was the publications that focused on the non-school context, which were divided into 05 categories: Auditory Disability (AD), Physical Disability (PD), Intellectual Disability (ID), Visual Disability (VD) and General Disability (GD). Among the most significant conclusions, it should be noted that the largest number of publications refers to the PE and PD categories and, not unlike the other categories, it is evident that the scientific production in this area is still focused on the need to "normalize" the man and the woman. People should be led to achieve a better physical performance, be it in the field of sports, gymnastics and / or physical exercise in general. It is assumed that people with disabilities should increase their athletic performance, submit to tests and evaluations to identify possible physical performance failures and remedy them. This view disregards the human side and brings people together only from the biological and the potential; the practice of a physical exercise and/or sport is considered in the most articles from the efficiency point of view. Keywords: disabilities; physical education; literature review; athletic performance. # I. Introdução ste estudo teve como objetivo identificar, compreender e problematizar os significados atribuídos pela produção de conhecimento em periódicos brasileiros de referência para a área da Educação Física (EF) em relação às discussões referentes à temática "deficiências" no contexto não escolar, entre o período de 1979 e 2017. Neste sentido, para a lei Lei nº 13.146 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) Art. 2° Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas¹. Metodologicamente, consiste de uma pesquisa de caráter bibliográfico e de abordagem quantiqualitativa, pautada na correlação de fontes bibliográficas e documentais. As teorias críticas e póscríticas do conhecimento nortearam as análises dos dados. A história das pessoas com deficiência mostra que esses sujeitos sempre estiveram à margem da sociedade. Estudos de diversas áreas confirmam que foram e ainda são apontadas como incapazes e/ou incompletas por não se assemelharem a imagem do "homem-padrão" e, consequentemente, não atenderem o que se espera ou se exige socialmente do comportamento ideal de uma pessoa 2,3 . A sociedade espera um comportamento ideal das pessoas, ações que seriam consideradas normais, que obedecem à norma de comportamento. Mas, quando alguém se comporta de forma diferente, as expectativas dirigidas a ele/a são quebradas, passando a ser considerado/a como um desvio, como alguém fora do padrão da normalidade. Sobre essas pessoas institui-se um processo de criação de estigma, já que o foco se concentra naquilo que é interpretado social e culturalmente como imperfeição, e não nas possibilidades que esses sujeitos podem ou poderiam desenvolver 4 . Muitos/as pesquisadores/as 5,4,6,3,2 apontam que a sociedade tem uma grande responsabilidade em transformar as visões enraizadas que existem em relação às pessoas com deficiência. É consenso na literatura que, até os dias atuais, na maioria das vezes, essas pessoas ainda são interpretadas como incapazes e/ou incompletas, mesmo que demonstrem o contrário. Em muitas situações, são cotidianamente vítimas do preconceito e da discriminação. Neste contexto, é importante não desconsiderar as lutas sociais em prol dessas pessoas, as políticas públicas existentes, os direitos conquistados em todo o mundo e os avanços ocorridos no campo científico. A sociedade tem a responsabilidade de transformar a imagem consolidada que existe em relação às pessoas com deficiência e valorizar as conquistas históricas dessa população como um incentivo à mudança 2 . Essas questões apresentadas justificam a importância dessa pesquisa, visto que é relevante manter o assunto em ascensão. Essa pesquisa é um instrumento para instigar a sociedade a conhecer o que existe na literatura em relação às pessoas com deficiência e a Educação Física, e construir no coletivo a possibilidade de analisar, pensar e discutir a temática. Considerando que nas últimas décadas uma série de investimentos sociais e políticos, no campo da inclusão, têm ocorrido e gerado estudos científicos, as inquietações dessa pesquisa norteiam-se em saber quais aspectos e contextos da deficiência têm gerado interesse investigativo na área da EF e o que têm sido divulgado, em periódicos científicos, que contemplam essa área de conhecimento. Para tanto, este estudo divide-se em 05 seções. Primeiramente, apresenta-se um panorama inicial sobre estudos anunciados como de revisão bibliográfica sobre deficiências e EF, com o intuito de situar a relevância da presente proposta. Nesse momento, questões de pesquisas e hipótese também são evidenciadas. Na sequência, destaca-se a metodologia do estudo, a descrição e análise dos dados levantados e, por último, suscita-se as conclusões e referências utilizadas. # II. # Deficiência e Educação Física: Um Panorama Inicial Na literatura revisada para essa pesquisa foram identificados 12 artigos anunciados como de revisão bibliográfica, entre 2011 até 2018. Dentre esses artigos, 04 discutem as deficiências em uma perspectiva mais ampla e, por isso, foram identificados como pertencentes a uma categoria denominada "Deficiência Geral" (DG). Sobre as demais publicações: 03 enfocam a Deficiência Visual (DV); outras 03 abordam a Deficiência Física (DF); 01 estudo sobre a Deficiência Auditiva (DA) e, por fim, sobre a Deficiência Intelectual (DI), também, foi encontrada apenas uma revisão bibliográfica. Em DG, Brazuna e Mauerberg-deCastro 7 realizaram uma revisão de literatura na qual objetivaram analisar as exigências, benefícios e o impacto do esporte de alto rendimento na vida do/a atleta com deficiência, desde a iniciação até a aposentadoria. A revisão não explicita qual(ais) os bancos de dados investigados, as palavras chave para as buscas e nem o recorte temporal utilizado para a pesquisa. As autoras concluem que os benefícios do esporte como ferramenta para melhorar a qualidade de vida são inquestionáveis, entretanto existem limitações, que envolvem as lesões esportivas, doping, stress e aspectos motivacionais negativos. Ressaltam, ainda, que pouco se sabe sobre esses aspectos após a aposentadoria do/a atleta. Cardoso e Gaya 8 realizaram uma revisão na literatura referente à classificação funcional no esporte paralímpico e de como ela é utilizada nos diferentes tipos de deficiência. Os sistemas de classificação funcional tem por finalidade assegurar que a competição seja justa e eliminar possíveis injustiças. Os bancos de dados utilizados para a pesquisa foram: Medline, Academic Search, ScienceDirect e SportDiscus e busca manual em livros sobre a temática. Foram incluídos na revisão textos publicados em inglês e português, entre os anos de 1990 até 2013. Alves et. al 10 objetivaram abordar a construção da Atividade Física Adaptada (AFA) como área de conhecimento no atual cenário da área. Os/as autores/as anunciam uma revisão bibliográfica, contudo não sistematizam uma metodologia que se aproximem do conceito de revisão ou pesquisa bibliográfica. Aproximam-se mais de estudos que refletem sobre uma temática pautada em referenciais teóricos sobe o assunto, ainda assim, concluem que a área da AFA está em expansão como campo de conhecimento e produção científica, por isso, avanços na criação e/ou ampliação de teorias e métodos utilizados atualmente é necessário, através de novos estudos. Sobre DV, Meereis et al. 11 analisaram a influência do sistema visual no equilíbrio e no desenvolvimento motor. Realizou-se uma busca nas bases de dados Science Direct e Scielo, com recorte temporal definido entre 1990 e 2010. Os termos utilizados para a pesquisa dos artigos foram: cegueira, equilíbrio postural, desempenho motor, fisioterapia, postural balance, psychomotor performance, blindness e physical therapy. Também foi realizada uma busca nas referências dos artigos encontrados para suprir informações relacionadas ao tema. Identificou-se 29 artigos que cumpriam os critérios de inclusão da pesquisa, levando à conclusão de que a percepção visual é uma função complexa e importante para a coordenação motora e o equilíbrio postural, sendo essas qualidades físicas altamente prejudicadas com a DV. Bredariol e Almeida 12 discutem sobre a acessibilidade de pessoas com DV na prática de natação, em instituições privadas de ensino da modalidade. A pesquisa foi realizada nas principais publicações sobre a temática encontradas na biblioteca da Faculdade de EF da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), nas bases de dados eletrônicas (Sistema de Bibliotecas da UNICAMP) e revistas eletrônicas referentes à área da EF e esportes (Movimento, Revista Digital e Revista Brasileira de Ciência do Esporte). Pesquisaram-se referências sobre as pessoas com deficiência e a sociedade, sobre o processo de inclusão no esporte, o esporte específico para as pessoas com DV e, por fim, sobre a natação para essa população. Foram incluídos, na pesquisa, trabalhos sobre os aspectos teóricos que permeiam o tema da acessibilidade das pessoas com DV à prática da natação dos últimos anos, contudo, os autores não explicitam o recorte temporal investigado, assim como o número de publicações encontradas. De forma geral, conclui-se que a acessibilidade para a prática da natação por pessoas com DV ainda é muito precária no país. Scherer e Silva Lopes 13 avaliaram as pesquisas publicadas envolvendo pessoas adultas com DV e a prática de atividade física. A revisão de literatura foi realizada via as bases de dados Scielo, Pubmed, Scopus, SportDiscus e ISI. As publicações deveriam obedecer ao recorte temporal de janeiro de 1995 até outubro de 2010. Alguns descritores utilizados para a pesquisa foram: pessoa com DV, deficiente visual, atividade física/motora. Não foram incluídos resumos, monografias, dissertações e teses em razão da dificuldade de realizar uma revisão sistemática nessas proporções. Foram analisados 07 trabalhos e os resultados evidenciaram que, nos últimos 15 anos, foram publicados poucos estudos envolvendo a prática de atividades físicas para adultos/as com DV e que a maioria dos trabalhos publicados envolvem crianças e idosos/as. Das pesquisas de revisão bibliográfica sobre DF, Bona e Peyré-Tartaruga 14 realizaram um levantamento bibliográfico sobre a mecânica e a energética da caminhada de pessoas amputadas, abordando a influência do tipo de prótese no consumo de oxigênio e os aspectos biomecânicos da caminhada. Para isso foi efetuado um levantamento bibliográfico nas bases de dados Pubmed, Scielo, Web of Science e Lilacs. A pesquisa baseou-se em periódicos internacionais e nacionais do ano de 1977 até 2010. Utilizou-se para as buscas, as palavras: amputee, energetic cost, gait, amputate, oxygen consumption, electromyography e force plate. O estudo não expõe, em seu método, quantos trabalhos fizeram parte da amostra e concluiu-se que é necessário observar as características globais do/a amputado/a para seguir com resultados mais específicos quanto a mecânica e energética. Campos et al. 15 pesquisaram sobre o Rugby em Cadeira de Rodas (RCR). Essa pesquisa objetivou fornecer indicativos para o treinamento de RCR, considerando as alterações fisiológicas, neuromusculares, bioquímicas e as características dos/ as atletas com lesão medular. Foi realizada a busca no banco de dados SCIVERSE, ferramenta construída para integração dos conteúdos científicos e históricos dos principais bancos de dados utilizados na Educação Física, como Science Direct, Scopus, Pubmed e Medline. A pesquisa limitou-se a terminologias na língua inglesa e foram considerados estudos voltados à modalidade realizados até 2011. Utilizou-se como palavras de busca: wheelchair athletes, wheelchair rugby, spinal cord injury e physiological demands, sendo selecionados 31 artigos. Essa pesquisa concluiu que o RCR é um dos principais esportes paralímpicos e é considerado uma das modalidades em cadeira de rodas que mais cresce no mundo, mas as informações acerca dos processos que norteiam o treinamento do RCR ainda encontravam-se em fase inicial no cenário da literatura revisada. Com o intuito de propor um método de iniciação à prática do voleibol sentado, Carvalho, Araújo e Gorla 16 propuseram uma revisão bibliográfica sobre a temática utilizando dados impressos e eletrônicos da base de dados da UNICAMP (livros, teses e artigos). Contudo, o estudo não descreve o recorte temporal e o número de estudos que foram encontrados. Concluiuse que, apesar da escassez literária sobre o tema, há semelhanças nos aspectos técnico-táticos entre o voleibol sentado e o convencional, possibilitando uma opção de trabalho aos/às profissionais de Educação Física. Em relação à DA, Guedes e Neto 17 analisaram por meio de uma revisão sistemática informações acerca das formas de avaliação da coordenação corporal em crianças e adolescentes com DA em estudos brasileiros. A pesquisa foi realizada nas bases de dados Periódicos CAPES, Scielo, Lilacs e Google Scholar. O recorte temporal abrange os últimos 10 anos anteriores à pesquisa. Foram encontrados poucos artigos referentes à temática e apenas 05 trabalhos compreenderam os critérios de seleção da pesquisa. O estudo ainda aponta a importância de um programa de EF estruturado para aquisição da coordenação motora de criança com DA, tendo um período de intervenção específica para haver melhoras nas habilidades motoras. Por último, sobre DI, Pestana et al. 18 verificaram quais os efeitos de programas de atividade física para adultos/as com DI. Uma busca eletrônica foi conduzida nas bases de dados PubMed, EBSCOhost, Web of Science e Scopus, resultando num recorte temporal entre janeiro de 1960 e agosto de 2014. A estratégia inicial de busca foi para identificar os artigos que investigaram os efeitos de programas de exercício físico para adultos/as com DI, considerando termos relacionados à atividade física, DI e programa de atividade física. Oito manuscritos preencheram os critérios da elegibilidade e foram incluídos no estudo, ou seja, um limitado número de estudos. Essa pesquisa conclui que os programas sistematizados de exercício físico promoveram benefícios consistentes e significantes para pessoas com DI, entretanto, parece não haver um consenso na literatura sobre o tipo de intervenção utilizado para promover a prática de atividade física com essas pessoas. Diante dos trabalhos descritos, considera-se que há uma ausência de pesquisas de revisão bibliográfica que envolvem o cenário das deficiências na área da EF de forma mais abrangente. Sustenta-se essa afirmativa a partir das buscas realizadas nos 13 periódicos pré-estabelecidos, assim como em outros meios de pesquisa acadêmica, como Google Acadêmico e Scielo, que apontaram o estudo de Pestana et al. 18 . Tal ausência justifica a importância desse estudo, tanto pela sua abrangência como pelo seu recorte temporal, 1979-2017, que vai além da maioria dos recortes temporais identificados nos estudos supracitados. Nesse contexto, a problemática dessa pesquisa norteia-se em compreender os significados atribuídos pela produção de conhecimento em EF em relação às discussões referentes à temática "deficiências" no sentido de identificar: como as deficiências se inserem no universo da Educação Física? Qual dimensão, escolar ou não escolar, tem despertado maior interesse nesse campo investigativo? Para o contexto não escolar, foco deste estudo, como as deficiências (DF, DV, DA, DI e DG) têm sido evidenciadas nos estudos científicos? Na perspectiva teórico-metodológica, quais abordagens ou metodologias investigativas, assim como campo teórico sustentam esses estudos? Com isso, a hipótese que norteou essa pesquisa dirige-se para o fato de que as publicações envolvendo EF e deficiências, no contexto não escolar, nos periódicos da Educação Física, prevalecem ligadas a uma vertente mais biológica, tecnicista e à valorização da aptidão física, mesmo após o Movimento Renovador da Educação Física, instituído na década de 1980, que propõe uma crítica acirrada sobre essa perspectiva. # III. # Materiais e Métodos Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica, procedimento investigativo fundamental para conhecer e analisar as principais contribuições teóricas sobre um determinado tema ou assunto 19,20,21 . Metodologicamente, a investigação estruturou-se em 02 etapas: a primeira referente à coleta de dados e categorização do material e, a segunda, a análise do material levantado. A primeira etapa consistiu na identificação e seleção de 13 periódicos da área de conhecimento, considerando critérios pré-estabelecidos, quais sejam, com ênfase nas dimensões escolar e não escolar, com destaque para os temas da cultura corporal (esportes, jogos e brincadeiras, lutas, ginásticas e danças) e que disponibilizem suas edições em formato eletrônico. O fácil acesso dessas fontes investigativas justifica sua escolha como principal corpus da pesquisa. A proposta foi de investigar os periódicos desde suas primeiras edições, na busca de identificar estudos que priorizem a deficiência. O ano de 1979 como recorte inicial se relaciona ao surgimento do Movimento Renovador da Educação Física, na década de 1980; movimento caracterizado pela proposta de distanciamento da vertente da aptidão física e do alto rendimento e aproximação da EF às ciências humanas e sociais; voltando seu olhar para as diferenças e as individualidades na inter-relação entre os sujeitos sociais 22,23 Selecionados os periódicos, o passo seguinte foi o levantamento dos dados que aconteceu em 02 momentos. No primeiro, a busca nos sumários de cada edição das revistas por publicações cujo tema fosse relacionado às deficiências, realizando, assim, a leitura do título, resumo e palavras-chave. Tal procedimento justifica-se pelo fato de algumas revistas apresentarem suas primeiras edições em formato de PDF único. No segundo momento, utilizou-se a ferramenta de busca por palavras-chave nos periódicos, através dos seguintes descritores: deficiência, deficiente, portadores de deficiência e inclusão. Este foi o momento também em que as publicações foram separadas em duas dimensões: contexto escolar e não escolar. Para cada uma dessas dimensões o material foi subdividido nas seguintes categorias: DA, DF, DI, DV e DG. A categoria DG foi construída pelos pesquisadores para identificar as publicações que retratassem a deficiência de forma generalizada, artigos que impossibilitavam uma classificação específica sobre determinada manifestação de deficiência. Diante disso, nessa categoria, as deficiências (DA, DF, DI e DV) aparecem de forma correlacionada e/ou diluídas a outros focos. A segunda etapa da investigação teve como foco o fichamento do material levantado com o intuito de elencar o movimento epistemológico de constituição do campo, destacando de forma mais clara quais contextos (escolar e/ou não escolar) versam essas investigações; identificar em que vertentes as deficiências são contextualizadas nos estudos e, com isso, levantar lacunas investigativas para cada campo; destacar os tipos de abordagens investigativas (empíricas e/ou bibliográficas) que sustentam esses estudos; e elencar os campos teóricos que subsidiam essas publicações. Mediante esse trajeto, o estudo caracteriza-se como de abordagem quanti-qualitativa. Já que identificar os dados numéricos nos periódicos que tematizavam sobre as deficiências, assim como verificar quais dimensões são mais evidenciadas nos estudos, nos aproxima de uma abordagem quantitativa. Por outro lado, entender o trajeto da inserção das deficiências como categoria investigada na construção do conhecimento em Educação Física, e buscar relações com marcadores históricos, sociais, culturais e legais, nos dimensionam numa abordagem qualitativa 24,20,19 . # IV. Deficiências, Educação Física e o Contexto Não Escolar Considerando que as categorias de análise foram criadas tendo como base as definições das deficiências utilizadas por autores/as da área, as publicações foram distribuídas em DG, DF, DI, DV e DA 25 . Um dos objetivos específicos propostos pela pesquisa consistiu-se em separar os artigos considerando o contexto escolar e não escolar, considerando cada categoria de deficiência. O Gráfico 01 apresenta esses dados, dispostos em ordem crescente, do quantitativo de publicações, de cada categoria de deficiência. Nos 13 periódicos investigados foram encontradas 237 publicações, sendo 156 enfocando o contexto não escolar (65,82%) e 81 o contexto escolar (34,17%). Tais dados nos permitem evidenciar que enquanto objeto de investigação científica as deficiências tem sido mais exaltadas no contexto não escolar, com exceção para a categoria DG, na qual 58 publicações (63,73%) do montante total de 91 pertencentes a esta categoria, correspondem ao contexto escolar. Com isso, no contexto escolar há predominância de estudos envolvendo inclusão, nos quais as deficiências são tratadas de forma menos específica e mais abrangente na intenção de retratar o cenário da inclusão na escola. Porém, este trabalho detém seu foco ao contexto não escolar, de forma que os dados obtidos no levantamento correspondentes ao contexto escolar serão discutidos em outro momento. No que se refere ao contexto não escolar, Alves et al. 10 confirmam os achados de nossa pesquisa, ao descreverem a população-alvo dos estudos sobre deficiências e Educação Física, esses/as autores/as destacam que as deficiências mais acionadas são a DF e a DI. Também, interessou a esse estudo compreender o processo temporal de construção do conhecimento sobre deficiências, mediante os dados do levantamento realizado nos periódicos, o que resultou na construção do Gráfico 02. A Constituição Federal de 1988 mantém-se como o maior demarcador histórico da garantia dos direitos de cidadania e engloba os valores e princípios dos direitos humanos. Além disso, pontua sobre a dignidade da pessoa humana e a luta contra a discriminação e o preconceito, o que inclui as pessoas com deficiência 26 . Em 1989 é idealizada a Lei n° 7.853, que dispõe sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência Do ano de 2012 a 2013 há uma ascensão em relação as publicações sobre Educação Física e deficiências, por isso, acredita-se que a lei n° 12.622, de 8 de maio de 2012, que institui o Dia Nacional do Atleta Paralímpico, contribuiu significativamente para esse crescimento 1,29 . O Gráfico 02, que apresenta o ano das 156 publicações investigadas, aponta que de 2003 até 2017 ocorreu um grande salto nas produções referentes à EF e deficiências. Mesmo com picos de oscilação, o quantitativo geral dos dados é extremamente expressivo. Tal consideração pode ser interpretada como resultado das inúmeras conquistas em relação aos direitos dessas pessoas, citadas no parágrafo anterior, potencializadas a partir dos anos 2000 28 . Outra questão importante de se elencar é que a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) mantém-se como a instituição que mais realizou produções referentes à EF e deficiências no levantamento realizado, 44 publicações (28,4%), em contexto não escolar. Tais evidências podem ser compreendidas pelo fato da instituição deter um Departamento sobre Estudos da Atividade Física Adaptada (DEAFA) e ser referência em Pós-Graduação na área. Da mesma forma, a revista Conexões, sediada nessa instituição, apresentou o maior número de publicações, considerando, também, que sua criação se deu no ano de 1998, período de efervescência das lutas pelo reconhecimento social dos direitos da pessoa com deficiência, em razão da Convenção de Salamanca em 1994. Partindo das informações disponibilizadas pelo Gráfico 01, destaca-se a seguir à descrição e análise das categorias levantadas. # a) Educação Física e Deficiência Física (DF) A DF define-se como modificações no corpo humano, advindas de um problema ortopédico, neurológico ou de má formação, que acarretam à pessoa dificuldades e/ou limitações no desenvolvimento de tarefas motoras. A classificação da DF divide-se em ortopédica e neurológica. A ortopédica caracteriza-se por afetar músculos, ossos e articulações e, a neurológica, atinge predominantemente o sistema nervoso central. Quanto à suas causas, a DF pode ser congênita ou adquirida, sendo a congênita manifestada na fase intrauterina ou ao nascer e a adquirida pode ser desenvolvida ao longo da vida, como por exemplo, através de lesões, doenças e acidentes 25 . Partindo desse conceito, as 56 publicações que discutem esse tema foram organizadas em 07 subcategorias, como descrito no gráfico 03. Na categoria EF e DF aparecem 04 publicações de Revisão Bibliográfica (7,14%). Dessas publicações, encontram-se: o processo de treinamento do desporto adaptado: o Rugby em cadeira de Rodas (01) e o Voleibol sentado (01), a mecânica e a energética da caminhada de amputados (01) e a trajetória do atleta com DF no esporte adaptado de rendimento (01). Esses estudos evidenciam os aspectos biológicos e fisiológicos do homem e da mulher e, também, os aspectos técnicos e táticos do movimento. A Paralisia Cerebral (PC) afeta o desenvolvimento motor típico e interfere diretamente no controle motor, no equilíbrio e na aptidão física 30 . Portanto, entende-se, que a PC, na maioria dos casos, é o desenvolvimento motor que está comprometido 31 . Nessa investigação encontrou-se 05 publicações sobre PC (8.92%) e 04 delas envolvem crianças, destacando a biomecânica de sistemas de assentos (01), análise isocinética da articulação do cotovelo (01), atividade aquática e psicomotricidade (01) e desempenho motor (01). Apenas um estudo, sobre o jogo Polybat (01), envolve uma mostra com a faixa etária maior (8-20 anos) e traz uma proposta metodológica de atividade recreativa/esportiva inclusiva para alunos/as com PC e ou DF, frequentadores/as de escolas especiais ou regulares 32 . Na subcategoria Atletas Paralímpicos identificam-se 05 publicações com discussões variadas (8.92%), mas todas envolvem o universo dos/as paratletas. Nessa subcategoria encontram-se trabalhos falando sobre a caracterização de atletas de parabadminton (01), orientação esportiva para atletas de remo e natação (01), tendências competitivas de atletas de basquetebol em cadeira de rodas (01), considerações a partir do caso de uma paratleta (01) e a capacidade de adaptação e estima sexual em atletas com deficiência física (01). Dos 06 artigos que integram a subcategoria DF e Esporte (10,71%), 05 deles têm em comum a prática esportiva sobre cadeiras de rodas. Nessa subcategoria, encontram-se trabalhos tematizando o Rugby (02), a iniciação esportiva de crianças (01), os aspectos motivacionais para o basquete (01), a relação entre a prática de futebol por anões e a transformação do estigma (01) e, por último, os fatores que influenciam a prática do desporto sobre cadeira de rodas (01). Na subcategoria Lazer e Atividade Física aparecem 06 publicações (10,71%), todas com uma abordagem mais qualitativa de investigação. Seus enfoques: a pessoa com DF e o lazer (01), transtorno das habilidades motoras (01), a relação da pessoa com deficiência e sua cadeira de rodas (01) e atividade física e pessoa com deficiência (03). Quando se considera a subcategoria Dança, na qual há 07 publicações (12,50%), encontram-se pesquisas retratando as emoções da dança esportiva para os/as praticantes (01), a inclusão de pessoas com lesão medular no universo da dança (01), significados da dança para as pessoas com DF (02) e, por último, a ótica dos Testes, Análises e Avaliações relacionada a essa modalidade (03). Vinte e três artigos (41,07%) integram a subcategoria Testes, Análises e Avalições. Esses artigos, com forte destaque em análises quantitativas, indicam que o perfil de publicações envolvendo EF e DF é muito voltado aos aspectos biológicos de condicionamento e rendimento físico. Além disso, quando considera-se a subcategoria Dança, o caráter humanístico e expressivo da prática divide espaço com questões referentes às medições, a prática e a estética ideal do movimento. Essa evidência põe em xeque a função artística e cultural da Dança dentro da Educação Física. Esses elementos são importantes de serem elencados, uma vez que o Movimento Renovador da Educação Física, instituído na década de 1980, é um dos critérios para a definição do recorte temporal da investigação. Mesmo tratando-se de um movimento que lança um olhar mais preciso na EF Escolar, esperava-se que houvessem resquícios dos ideais propostos por este Movimento para a EF de forma geral, principalmente no que se refere ao questionamento da prevalência da aptidão física, o que não foi constatado nos artigos encontrados 22 . Os artigos encontrados sobre EF e DF evidenciam que a produção bibliográfica ainda é focada na necessidade de "normalizar" o homem e a mulher 3 . As pessoas devem ser conduzidas a conquistarem uma melhor performance física, seja ela no campo do esporte, da ginástica ou do exercício físico. Diante disso, pressupõe-se que as pessoas com DF devam aumentar o seu rendimento, realizar testes e avaliações para identificar possíveis falhas de desempenho físico e saná-las. Essa visão desconsidera o lado humano e aproxima as pessoas apenas da dimensão biológica e da potencial, a prática de um exercício físico ou do esporte é considerada, na maioria dos artigos, sob a ótica da eficiência. A EF sempre buscou a eficiência, seja ela biomecânica, fisiológica ou no rendimento esportivo. Falar em eficiência implica em pensar, sobremaneira, no produto final e não no processo como um todo. Portanto, a EF não deve colocar uma técnica eficiente como o seu objetivo, já que tal questão desconsidera as especificidades sociais e culturais de cada grupo, de utilizar e representar o corpo de formas diferentes 33 . # b) Educação Física e Deficiência Intelectual (DI) De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM -V) 34 , a DI: É um transtorno com início no período do desenvolvimento que inclui déficits funcionais, tanto intelectuais quanto adaptativos, nos domínios conceitual, social e prático. Os três critérios a seguir devem ser preenchidos: A. Déficits em funções intelectuais como raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência confirmados tanto pela avaliação clínica quanto por testes de inteligência padronizados e individualizados. B. Déficits em funções adaptativas que resultam em fracasso para atingir padrões de desenvolvimento e socioculturais em relação a independência pessoal e responsabilidade social. Sem apoio continuado, os déficits de adaptação limitam o funcionamento em uma ou mais atividades diárias, como comunicação, participação social e vida independente, e em múltiplos ambientes, como em casa, na escola, no local de trabalho e na comunidade. C. Início dos déficits intelectuais e adaptativos durante o período do desenvolvimento (p. 33). A origem da DI pode ser hereditária, fisiológica, social e cultural. Desta maneira, podem ser divididos em dois fatores determinantes, orgânicos e ambientais. O fator orgânico corresponde a aspectos genéticos, pré-natal, perinatal e pós-natal. Ao descrever o fator ambiental, considera-se a cultura e a família, deixando claro sua relação com variáveis ambientais e genéticas. Dentro da DI são poucos os casos com uma causa claramente definida 25 . A Síndrome de Down é um tipo de DI que está ligada a fatores orgânicos, sendo de origem genética. É definida como um transtorno genético atrelado a uma anomalia genética, no caso, uma falha na distribuição em que as células apresentam 03 cromossomos 21, diferente da normalidade, que seriam 02 25 . A categoria DI é formada por 04 subcategorias, que somadas possuem 34 publicações, sendo 19 pertencentes à subcategoria Síndrome de Down (55,88%), como mostra o Gráfico 04 a seguir Como descrito na seção "Deficiência e Educação Física: um panorama inicial", o estudo sobre revisão de literatura e DI (2,94%) refere-se à Pestana et al. 18 e discute os efeitos de programas de atividade física para pessoas adultas com DI. Seis artigos integram a subcategoria Inclusão (17,65%). As discussões norteiam-se em relação a atividades lúdicas no meio aquático (01), o processo de ensino-aprendizagem de capoeira (01) e proposta metodológica de dança para crianças (01). As outras 03 publicações se referem ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) que, de acordo com estudos mais recentes, pode vir ou não associado à DI. Dentre essas publicações, são enfocados um estudo de caso sobre expressão corporal/dança (01), também o jogo em uma sessão de psicomotricidade relacional envolvendo crianças (01) e a representação simbólica e a linguagem de uma criança no ato de brincar (01). Foram encontradas 09 publicações envolvendo Testes, Análises e Avaliações (26,47%). Os trabalhos tratam de temáticas variadas: o estado nutricional e aptidão física de adultos/as (01), estado de hidratação de nadadores/as (01), atividades aquáticas e coordenação motora (01), antropometria e coordenação motora (01), composição corporal de homens e mulheres (01), habilidades motoras de crianças (01), desempenho psicomotor (01), percepção do espaço durante tarefas de orientação (01) e em ralação Síndrome de Williams (01). Como já discutido, a subcategoria com maior número de publicações foi a Síndrome de Down, com 18 produções (52,94%). O comprometimento intelectual está relacionado a fatores neurofisiológicos. Normalmente, o cérebro das pessoas com SD é menor, tem menos células nervosas (5% a 10% menos massa cerebral) e algumas funções quimioneurológicas diferentes. Isso ocorre devido à presença do cromossomo extra em todas as células, inclusive as cerebrais. Devido a menores quantidades de células nervosas e a diferenças nos neurotransmissores, aprender é mais difícil para os sujeitos com SD, pois levam mais tempo para formar novas conexões sinápticas 35 . Assim, é importante que pais/mães, educadores/as e demais profissionais compreendam como é o processo de aprendizagem para que se possam desenvolver estratégias adequadas que dinamizem novas aprendizagens. Independente de qualquer comprometimento intelectual, o potencial de inteligência do ser humano não deve ser somente mensurado por coeficientes e escalas. Vários fatores que influenciam na capacidade intelectiva de cada sujeito devem ser considerados respeitando suas particularidades 35 . A maioria das publicações, 13 delas, destacam a SD como a temática central e envolvem o universo dos Testes, Análises e Avaliações. Cinco publicações distanciam-se desse enfoque, problematizando sobre a participação do profissional de EF na estimulação essencial de crianças com SD (01), a relação da natação com a interação da pessoa com SD (01), análise do desenvolvimento do esquema corporal em pessoas com SD através da prática da dança (01), entender como crianças com SD manifestam suas emoções em aulas de natação e as situações que provocam estas manifestações (01), a aprendizagem do tênis através de procedimentos adequados e adaptados, respeitando as características individuais das pessoas com SD e contribuir na melhoria do comportamento adaptativo com relação a autonomia, aptidões sociais, participação comunitária, saúde e segurança e o lazer (01). Não diferente dos estudos já apresentados anteriormente, a categoria DI e, em especial, a subcategoria SD, confirmam que o perfil das publicações com interface entre EF e deficiências, no contexto não escolar, seguem prioritariamente os princípios do desempenho, da eficiência e da "normalização" 33 . # c) Educação Física e Deficiência Geral (DG) A categoria DG define-se por 33 publicações, distribuídas em 10 subcategorias. Justifica-se esse alto número em razão da abrangente característica de suas temáticas (Gráfico 05). A subcategoria Tempo Livre possui 01 publicação (3,03%), que busca compreender a ideia e a utilização do tempo livre por pessoas com deficiência. Dança; Corpo e Sexualidade; Saúde e Bem-Estar e Atividades Lúdicas consistem de 04 subcategorias que somam um total de 08 publicações, sendo 02 artigos (6,06%) por cada uma. A primeira integra conteúdos distintos, como a análise do estado da produção científica nacional acerca dos assuntos deficiência e dança (01) e a análise de discurso de pessoas relacionadas à prática da dança por deficientes (01). Na subcategoria Corpo e Sexualidade, as discussões buscam aprimorar o trabalho direcionado às pessoas com deficiência através do entendimento de ideias de corpo e sexualidade deste público (02). Saúde e Bem-Estar trata em suas publicações da importância da atividade física para a saúde e bem estar da pessoa com deficiência (02). Atividades Lúdicas aborda a importância da atividade física trabalhada através da brincadeira para reabilitação da pessoa com deficiência (01) e para o desenvolvimento infantil da pessoa com deficiência (01). Três subcategorias foram compostas por 03 publicações (9,09%) cada: Testes, Análises e Avaliações; Revisão Bibliográfica e Inclusão. Na primeira sobressai o alto cunho quantitativo em suas publicações, como a relação entre os estados de humor, a variabilidade da frequência cardíaca e creatina quinase (01), desempenho motor (01) e características biomecânicas (01). Revisão Bibliográfica destaca discussões como: revisão de literatura para visualizar o estado da atividade física adaptada como área de conhecimento (01), o estado da produção científica a respeito das modalidades olímpicas e paralímpicas (01) e revisão de literatura sobre esportes paralímpicos (01). Por sua vez, a subcategoria Inclusão, nos 03 artigos, abriga temas que discutem a relação entre a prática de atividade física por pessoas com deficiência e a atuação dos/as graduados/as em Educação Física, discussão que toma como base a ideia de inclusão e formas de intervenção profissional. Na subcategoria DG e Políticas Públicas foram encontradas 04 publicações (12,12%). Com focos muito similares, prevalecendo a análise das políticas públicas voltadas para a prática de atividades físico-esportivas e lazer para pessoas com deficiência no Brasil. Esses estudos identificam essas políticas públicas como superficiais, tanto em relação ao lazer quanto ao esporte. O esporte, por não possuir uma estrutura governamental, compromete qualquer política pública para essa área, o que acontece de forma ainda mais visível nas iniciativas direcionadas às pessoas com deficiência, nas quais a influência política é muito inferior à de outros grupos esportivos organizados 37 . Tais discussões dos estudos apontam que, no Brasil, existem políticas públicas que resguardam os direitos das pessoas com deficiência à pratica motora e/ou esportiva, mas ainda existem muitas barreiras, arquitetônicas e sociais, em sua maioria, que impedem que esses sujeitos possam expressar a sua liberdade e gozar dos seus direitos ao desejarem realizar uma prática motora/esportiva. Portanto, nesse aspecto, no contexto mais amplo, as Políticas Públicas funcionam apenas na teoria 4 . Sobre as Paralimpíadas, 11 publicações foram encontradas (33,34%), destacando temas como: a relação da mídia com as paralimpíadas (03), pesquisas sob a ótica das ciências humanas e o esporte paralímpico (03), discussões sobre atletas com deficiência visual e atletas com deficiência motora, em um mesmo estudo, nos quais seus focos foram as relações entre os fatores motivacionais dos/as praticantes de natação e atletismo (01), a percepção da qualidade de sono e de vida (01), o esporte paralímpico e integração (01), legados para o esporte paralímpico (01) e os relatos dos pioneiros/as no esporte adaptado (01). É importante apontar que publicações que discutiam os temas mídia e ciências humanas receberam mais destaque nesta subcategoria. As discussões embasadas em conhecimentos das ciências humanas relatavam o papel do esporte em seu formato atual (organização, relação com o mercado de consumo e formas de divulgação) em que o tema mídia era tangível, no momento em que realizam comparações entre paralimpíadas e olimpíadas 38 . As discussões acerca da mídia abordam desde a forma como determinados meios de comunicação podem se referir a atletas deficientes de forma pejorativa, ou não, em suas narrativas 39 , até a forma como a mídia interage com o esporte paralímpico no que diz respeito à sua comercialização e divulgação 40,41 . Além de proporcionar um panorama das discussões sobre deficiência em seu conceito mais amplo, a categoria EF e DG se expressa de forma diferente das outras categorias, uma vez que é a única em que as questões referentes aos Testes, Análises e Avaliações não estão em primeiro plano. Essa categoria direciona-se sob uma visão crítica das Políticas Públicas, do Esporte e as Paraolimpíadas, de forma geral. A identidade diferenciada dessa categoria pode ser em razão de sua forte ligação com questões consonantes ao campo da inclusão. # d) Educação Física e Deficiência Visual (DV) A DV pode ser caracterizada como uma limitação a nível sensorial que pode invalidar ou reduzir a capacidade de ver, abrangendo vários graus de acuidade visual, podendo assim, classificar diferentes tipos de redução da visão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a DV de duas maneiras, baixa visão e cegueira. Baixa visão abrange desde a capacidade de indicar projeção luminosa, até uma acuidade visual reduzida ao ponto de limitar atividades diárias da vida. A cegueira é a ausência completa da visão em ambos os olhos, sendo até a projeção luminosa imperceptível a essas pessoas 25 . Várias podem ser as causas da DV, tanto na infância quanto na fase adulta, desde fatores genéticos e doenças, até traumas 25 . Este conceito serviu como suporte para o direcionamento das 29 publicações para esta categoria, como mostra o Gráfico 06. As subcategorias Dança e Revisão Bibliográfica possuem 03 publicações (10,34%) cada. Em Revisão Bibliográficas, as investigações tratam da influência do sistema visual no equilíbrio e no desenvolvimento motor, bem como os métodos de intervenção utilizados diante da DV (01), identificação e avaliação das pesquisas publicadas envolvendo adultos/as com DV e a prática de atividade física (01) e discussão sobre a acessibilidade das pessoas deficientes visuais à prática da natação nas instituições privadas de ensino da modalidade (01). Esses estudos encontram-se detalhados na seção "Deficiência e Educação Física: um panorama inicial". Dança recebeu discussões a respeito das relações entre dança e a pessoa com DV (01), reflexões sobre a prática da dança pelo/a deficiente visual relacionada à construção da autonomia (01) e a compreensão do significado da dança para pessoas com DV, na perspectiva de uma abordagem fenomenológica (01). Com 05 estudos (17,24%), a subcategoria Atividade Física e Esporte aborda discussões como: análise da prática habitual de atividade física por pessoas com DV (02), percepção de crianças praticantes de judô em relação ao colega com DV (01), um segundo estudo com relação ao judô, porém, numa perspectiva sociocultural, no intuito de comparar as realidades de atletas brasileiras e estrangeiras com DV (01) e avaliação da qualidade de vida em adultos/as com DV (01). Também com 05 publicações, temos a subcategoria Corpo, Imagem Corporal e Propriocepção (17,24%). As publicações abordaram temas como: investigar e compreender as representações sociais de corpo a partir da concepção de pessoas com cegueira congênita (01), a formação da imagem corporal em pessoas com DV por meio de uma revisão de literatura (01), verificar a aplicabilidade da Escala de Silhuetas Bidimensionais adaptada para deficientes visuais, adultos/as, cegos/as congênitos (01), verificar a insatisfação com a imagem corporal em sujeitos com cegueira, congênita e adquirida (01), verificar se existem diferenças entre nadadores/as deficientes visuais e videntes na percepção de seu próprio nadar (01). Em seguida a subcategoria destacada foi Testes, Análises e Avaliações, com 06 publicações (20,68%). Possui em seu interior temas como a comparação entre pesquisas sobre atividades para idosos/as com e sem acometimento da DV (01), comparação do equilíbrio dinâmico e estático de pessoas com DV praticantes de Goalball e atletismo (01), avaliação do perfil somatotípico e a composição corporal de atletas da seleção brasileira de futebol (01), o desenvolvimento de crianças com DV (02) e submissão do deficiente visual a um programa de orientação e mobilidade (01). A subcategoria Futebol e Goalball possui 07 publicações (24,16%). Dentre elas foram identificados objetivos como: analisar estratégias dos jogadores na leitura de jogo no futebol para cegos (01), discutir sobre o desenvolvimento do futebol para cegos no Brasil (01), avaliar os estados de humor dos atletas paralímpicos brasileiros do futebol de cinco (01), analisar a relação entre a prática do Goalball e a orientação e mobilidade das pessoas com deficiência visual (01), analisar a percepção dos atletas praticantes de Goalball acerca dos benefícios desta prática (01), interpretar os padrões e processos auto organizacionais do Goalboll (01) e, por último, analisar a percepção auditiva e tátil de atletas de Goalball em situação de jogo (01). O futebol e outros esportes relativamente similares (futsal, Goalboll, futebol de cinco, dentre outros) possuem destaque como prática esportiva no Brasil, fator que pode estabelecer relação com as características do esporte e suas afinidades relacionadas às preferências esportivas socioculturais do povo brasileiro 42 . Então, a forte prevalência desta prática (por pessoas com DV) evidenciada através do número de publicações sobre esta temática, pode estar atrelada a este fator sociocultural. # e) Educação Física e Deficiência Auditiva (DA) A DA é definida de acordo com o grau de perda auditiva, verificando-se através da necessidade de intensificação (mensurado em decibéis) do som para que se torne perceptível. A perda auditiva pode ser classificada em: ligeira, leve, moderada, grave e profunda. Quanto à localização da lesão, classifica-se em condutiva ou neurossensorial. O ponto afetado pela condutiva corresponde ao ouvido externo e/ou médio, comprometendo total ou parcialmente a capacidade de condução do som até o ouvido interno. A surdez neurossensorial corresponde ao comprometimento do ouvido interno, afetando assim a capacidade de perceber o som. De acordo com o local da lesão, o aparelho vestibular pode ser afetado, o qual é responsável pelo equilíbrio corporal 25 . As causas da DA podem ser divididas em congênitas e adquiridas. Consanguinidade, incompatibilidade de Rh, rubéola materna durante os três primeiros meses de gestação, dentre outros aspectos, referem-se à causa congênita. Quanto às adquiridas, podem acontecer no período pré-natal, perinatal e pós-natal. O gráfico 07 mostra as 04 publicações que se enquadram nesta categoria. Na subcategoria Revisão Bibliográfica, 01 publicação (25%), pesquisou-se, por meio de uma revisão sistemática, as formas de avaliação da coordenação corporal em crianças e adolescentes com DA (01). Em Dança, também com 01 publicação (25%), o foco investigativo concentrou-se em uma proposta para o ensino do sapateado para crianças surdas (01). Na última subcategoria, Testes, Análises e Avaliações, 02 pesquisas (50%), nortearam-se sob a perspectiva de avaliações: o controle postural e equilíbrio em crianças (01) e a coordenação motora de crianças (01). O Clube Esportivo Para Surdos é a primeira instituição esportiva para pessoas com deficiência que há relatos, em 1888 16 . Contudo, mesmo que a DA seja precursora em relação ao esporte para as pessoas com deficiência, atualmente ainda existem poucos investimentos teóricos nessa área de conhecimento, pelo menos, considerando as publicações em periódicos específicos para a EF aqui investigados. Essa categoria também explicita que o seu foco investigativo norteia-se seguindo uma visão avaliativa, já que 03 das 04 publicações encontradas discutem questões pertinentes à avaliação do comportamento biológico do homem e da mulher. Tal achado mostra que a DA segue a mesma visão identificada nas outras categorias, baseada sob a eficiência esportiva e a aptidão física. Os resultados expressos identificam que as questões biológicas sobrepõem as questões humanas da EF postuladas com o Movimento Renovador da área 33,22 . Sobre a nossa última questão de pesquisa, referente às perspectivas teórico-metodológicas que sustentam os estudos investigados, existem poucos grupos de estudos em relação à EF Adaptada (AFA) e a produção do conhecimento nessa área é restrita 10 . Os grupos de estudos sobre deficiências existentes, em sua maioria, detém o foco das investigações sob a "ciência do exercício". Considera-se a AFA como um campo do conhecimento da Educação Física, manifestando-se de forma interdisciplinar, ou seja, agrega diferentes áreas do conhecimento como a medicina, psicologia e educação, mas, o motor propulsor ainda são as questões biomecânicas, biológicas, fisiológicas e, principalmente, os temas referentes às avaliações e classificações. Esse aspecto foi constatado nessa pesquisa, em especial, no perfil dos estudos que integram a subcategoria Testes, Análises e Avaliações, mas, também de forma latente nas demais subcategorias elencadas. Poucos estudos abordavam uma perspectiva mais qualitativa de investigação, destacando alguns estudos direcionados às temáticas sobre lazer, dança e paralimpíadas 10 , ao se referirem a um provável crescimento de investigações de abordagem qualitativa e de estudos de caso para a grande área da AFA. Com isso, o Positivismo é o campo teórico predominante na mostra analisada, assim como a prevalência de construção de dados via empiria. V. # Conclusão Diante das evidencias apresentadas sobre a necessidade de compreender a produção do conhecimento em Educação Física, investigando diretamente as deficiências, conclui-se que as pessoas com deficiência sempre estiveram à margem da sociedade e, com isso, distantes da EF e das práticas corporais. A história dessas pessoas indica que é muito recente o olhar social de preocupação sobre suas condições de vida, inclusive as políticas públicas que resguardam os direitos desse segmento social são atuais e, muitas vezes, funcionam apenas na teoria 2 . No campo ideológico, a EF levanta indícios de um olhar mais preciso para as necessidades humanas e sociais das pessoas com deficiências a partir dos anos 1970, com o movimento denominado "Esporte Para Todos". Após esse período, o ano de 1980 é marcado pelo Ano Internacional das Pessoas com Deficiência pela Organização das Nações Unidas (ONU) e, na Educação Física, pelo "Movimento Renovador". A partir daí, diversas iniciativas políticas (Convenção de Salamanca, Estatuto das Pessoas com Deficiência, etc.) se tornam mais evidentes a partir dos anos de 1990 e, em especial, nos anos 2000. Esses movimentos fortalecem as políticas públicas e lutam pela garantia de que as pessoas com deficiência possam ser respeitadas quanto aos seus direitos, em âmbito escolar, esportivo, no lazer ou em qualquer prática motora 22,12,10 . Essa pesquisa mostra que a prevalência de publicações em relação à EF e deficiências abrange o contexto não escolar. Nesse contexto, o maior número de publicações é referente à categoria EF e DF, tal fato confirma que as deficiências mais recorrentes, nas publicações sobre essa temática, são os acometimentos físicos e intelectuais 10 . Como discutido, tal realidade pode ser entendida como a necessidade em "normalizar" o ser humano e alcançar o desenvolvimento máximo das suas potencialidades corporais; sendo o corpo um instrumento meramente biológico, uma vez que, na maioria dos estudos, a ênfase está nos testes, análises e avaliações 3,33 . A categoria EF e DI também alcançou um grande número de publicações, importa ressaltar que nessa categoria existe uma forte associação entre DI e SD, aparecendo como a deficiência mais recorrente. A subcategoria Testes, análises e avaliações é muito significativa na subcategoria SD e, novamente, aponta que o direcionamento da EF sustenta-se sob as questões referentes à eficiência mecânica dos corpos 33 . Em EF e DG, a categoria expressa os seus dados de forma diferente, há uma preocupação maior, mas, não predominante, com as questões humanas e sociais do homem e da mulher e, por isso, destoa-se das demais. Cabe investigar se essa questão é decorrente da estreita relação entre DG e a Inclusão. Na DV percebe-se a questão do esporte de forma mais significativa. É evidente um alto índice de artigos em relação ao Goalboll e Futebol. A categoria EF e DA caracteriza-se por abarcar o menor número de publicações, o que é alarmante para o cenário das produções da área. Nas duas categorias, DV e DA, as questões referentes aos Testes, Análises e Avaliações retomam e confirmam que na EF a visão avaliativa da eficiência referente às deficiências ainda podem ser consideradas como uma regra 33 . Ao considerar os estudos investigados, quanto as suas metodologias e abordagens, observa-se que a prevalência das investigações é o empirismo e a abordagem quantitativa. Alves et al. 10 avalia que os estudos em relação à EF e deficiências caminham para o crescimento de abordagens mais qualitativas, mas tal constatação não é evidenciada pelas publicações analisadas nesta pesquisa, pelo menos, tendo o contexto não escolar como foco. O Coletivo de Autores 43 aponta para uma nova identidade da EF no que se refere à perspectiva teórica; um olhar no campo das teóricas críticas do conhecimento com ênfase nas ciências humanas e sociais, e pelo declínio das perspectivas positivista nesse campo. Contudo, no que se refere às investigações sobre deficiências no contexto não escolar, nos 13 periódicos investigados, essa perspectiva não foi identificada. A EF ainda é conduzida por uma visão concentrada nas capacidades físicas e distanciadas das capacidades humanas e sociais dos homens e mulheres. Finalizando, como toda investigação científica esse estudo apresenta suas limitações, seja no número de periódicos investigados que, posteriormente poderá ser ampliado, como na dificuldade de oferecer ao leitor e à leitora o acesso aos referenciais das publicações investigadas. Limitações ![CORDE) e designa ao Poder Público a responsabilidade de garantir e implementar os direitos básicos das pessoas com deficiência como a educação, saúde, trabalho e lazer 27 . Contudo, foi entre os anos de 2000 e 2015 que as pessoas com deficiência alcançam grande destaque em relação à conquista de seus direitos através de leis e decretos no âmbito nacional. No ano de 2000 é proposto um Projeto Lei que teve como objetivo modificar o cenário da exclusão e inacessibilidade vivenciado, cotidianamente, pelas pessoas com deficiência. Então, a partir desse Projeto Lei, em 2015, é instituída a Lei Brasileira de Inclusão, Lei nº 13.146/15, mais conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência. Essa lei é considerada como um dos maiores instrumentos que garantem a cidadania para esse segmento social, visto que consolida leis existentes e avança para a garantia de novos direitos. A lei toma como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, no ano de 2007, validado pelo Congresso Nacional brasileiro através do Decreto Legislativo n o 186 de 2008 e, publicado oficialmente pelo decreto n° 6.949 de 2009 28 .](image-2.png "(") ![](image-3.png "") ![](image-4.png "") ![](image-5.png "") ![](image-6.png "") ![](image-7.png "") Diante disso, organizados em ordemcronológica de criação e instituição em que estãosediados, os 13 periódicos selecionados foram: RevistaBrasileira de Ciência do Esporte (UnB, 1979), RevistaBrasileira de Educação Física e Esporte (USP, 1986),Revista Brasileira de Ciência e Movimento (UCB, 1987),Motrivivência (UFSC, 1988), Revista de Educação Física(UEM, 1989), Movimento (UFRGS, 1994), Motriz(UNESP, 1995), Pensar a Prática (UFG, 1998),Conexões: Educação Física, Esporte e Saúde(UNICAMP, 1998), Caderno de Educação Física eEsporte (UNIOESTE, 1999), Revista Mackenzie deEducação Física e Esporte (UPM, 2002), RevistaArquivos em Movimento (UFRJ, 2005) e Caderno deFormação RBCE (CBCE, 2009). produçãocientíficaonlineemportuguêsrelacionadaàsmodalidadesolímpicaseparaolímpicas. 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